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Série Explicando – Episódio DNA Projetado - Conquista científica ou um experimento social sinistro?

  • Hinaira Bruna
  • 20 de jun. de 2019
  • 4 min de leitura

A produção que chama bastante atenção dentro das séries atuais tem como título ‘Explicando’, a nova série documental produzida em parceria com o site Vox é cheia discussões instigantes e uma dessas trata-se da área da genética, além de ter um formato agradável esta pode ser uma das produções mais interessantes e eficientes do serviço de Streaming.

Em parceria com o site Vox, a Netflix nos traz ‘Explicando’, uma ótima série documental. Com um ótimo texto e uma edição dinâmica, toda essa criatividade presente nesse conteúdo é refletida na série. Explicando’ é uma boa produção até pra quem não curte documentário. É cheia de informação, além de ter um formato leve, descontraído capaz de proporcionar aos espectadores conteúdo que causam grande interesse e curiosidade como no segundo episódio que indaga sobre um tema bastante discutido e relevante para a comunidade científica tratado em discursões no mundo todo, proporcionando ao espectador uma abordagem diferenciada de como falar de genética e suas inovações, trazendo questionamentos recorrentes na humanidade, um deles é “se o homem pudesse controlar o código fonte da vida, como seria quando começássemos a usar em nós mesmos?” que já na abertura induz ao espectador querer acompanhar cada minuto, pois o formato é bem convidativo e interessante, são episódios entre 15 e 20 minutos de duração, que normalmente trabalham bastante com imagens, além de convidar especialistas e pessoas relacionadas ao tema falam sobre suas perspectivas a cerca do assunto. Como exemplo disso, o biólogo Neville Sanjana foi convidado a falar de forma breve sobre o desenvolvimento do Projeto Genoma Humano relacionando este comentário à publicação do trabalho das equipes dirigidas por Doudna e Charpentier motivou diversos artigos em periódicos especializados nos quais se expressa certo grau de preocupação pelos efeitos que poderiam desencadear a técnica descoberta, inclusive como é tratado no presente documentário, em que outros profissionais da área falam sobre suas perspectivas a cerca do assunto. O episódio cita importantes avanços na área da genética pontuando marcos histórico como o Projeto Genoma Humano (PGH). O genoma é o conjunto de DNA de um ser vivo, e o DNA é formado pela ligação sequencial de moléculas denominadas nucleotídeos. O principal objetivo do Projeto Genoma Humano foi o sequenciamento dos 3,1 bilhões de bases nitrogenadas do genoma humano. Outros objetivos importantes incluíam o sequenciamento de genomas de organismos modelos para auxiliar a interpretar a sequência do DNA humano, melhorar a capacidade computacional para dar suporte a futuras pesquisas de aplicação comercial, explorar o funcionamento dos genes, estudar a variabilidade humana, e treinar cientistas para trabalhar com genômicaperspectivas a cerca do assunto. Como exemplo disso, o biólogo Neville Sanjana foi convidado a falar de forma breve sobre o desenvolvimento do Projeto Genoma Humano relacionando este comentário à publicação do trabalho das equipes dirigidas por Doudna e Charpentier motivou diversos artigos em periódicos especializados nos quais se expressa certo grau de preocupação pelos efeitos que poderiam desencadear a técnica descoberta, inclusive como é tratado no presente documentário, em que outros profissionais da área falam sobre suas perspectivas a cerca do assunto. O episódio cita importantes avanços na área da genética pontuando marcos histórico como o Projeto Genoma Humano (PGH).

O genoma é o conjunto de DNA de um ser vivo, e o DNA é formado pela ligação sequencial de moléculas denominadas nucleotídeos. O principal objetivo do Projeto Genoma Humano foi o sequenciamento dos 3,1 bilhões de bases nitrogenadas do genoma humano. Outros objetivos importantes incluíam o sequenciamento de genomas de organismos modelos para auxiliar a interpretar a sequência do DNA humano, melhorar a capacidade computacional para dar suporte a futuras pesquisas de aplicação comercial, explorar o funcionamento dos genes, estudar a variabilidade humana, e treinar cientistas para trabalhar com genômica.

Esses experimentos levantam questões éticas complexas, talvez a maior delas seja o uso do CRISPR em embriões humanos. É citado na série que nunca utilizaram esta tecnologia para iniciar uma gravidez, mas se isso acontecer, estaremos cruzando um limite que é debatido há décadas. John Evans fala que precisamos fazer distinções importantes, primeiro a distinção entre a mutação em células somáticas daquela em linha germinal. Quase todas as nossas células são somáticas: sangue, cérebro, pele. Nessas o DNA não é passado aos descendentes. Já a edição em linha germinal envolve esperma, óvulos e embriões, basicamente alterando o DNA das gerações futuras. A nova técnica de engenharia genética CRISPR-Cas9 projeta benefícios e riscos de se manipular e alterar geneticamente organismos vivos, de forma a trazer características favoráveis ou não, a eles mesmos e aos seres humanos. A prática da engenharia genética, apesar dos riscos, pode ser um procedimento inevitável diante do atual estágio de desenvolvimento humano e enfrenta-la com a compreensão das responsabilidades jurídica e bioética torna-se essencial. Outra grande diferença que surgiu no começo do debate foi entre terapia e melhoramento. Terapia trata doenças e melhoramentos favorecem pessoas que já são saudáveis.

A velocidade com que esse conhecimento vem sendo disseminado traz, ao lado da esperança de cura para certas doenças, o receio das consequências adversas que possam vir a sofrer indivíduos saudáveis, porém portadores de determinadas alterações genéticas, em relação a bioética a série traz a discursão entre quanto mais a engenharia genética progredir, mais se terá condições de manipular a espécie humana. Assim, o avanço nas pesquisas em direção à manipulação do nascimento e das características do homem tem dois lados; sob um aspecto, poderá trazer benefícios fantásticos, como a cura das doenças genéticas - desde 1992 já se pode detectar em um embrião de três dias a presença ou ausência de várias doenças genéticas. Mas, como todas as técnicas, ela corre o risco de ter seu uso indevido.

Referências:

https://pipocandonoticias.com.br/series/explicando-uma-das-producoes-mais-interessantes-da-netflix/

de Souza Góes, Andréa Carla, Ximenes de Oliveira, Bruno Vinicius, Projeto Genoma Humano: um retrato da construção do conhecimento científico sob a ótica da revista Ciência Hoje. Ciência & Educação (Bauru) [en linea] 2014, 20 [Data de consulta: 9 de junho de 2019] Disponível em :<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=251031804004> ISSN 1516-7313

RASKIN, Salmo. Ética e genética. Educ. rev. , Curitiba, n. 11, p. 27-32, dezembro de 1995. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 40601995000100005&lng=en&nrm=iso>. acesso em 09 de junho de 2019. http://dx.doi.org/10.1590/0104-4060.139.REIS, Émilien Vilas Boas; OLIVEIRA, Bruno Torquato de. CRISPR-CAS9, BIOSSEGURANÇA E BIOÉTICA Uma Análise Jusfilosófica-Ambiental da Engenharia Genética. Veredas do Direito: Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável, Belo Horizonte, v. 16, n. 34, p. 123-152, mai. 2019. ISSN 21798699. Disponível em: <http://domhelder.edu.br/revista/index.php/veredas/article/view/1490>. Acesso em: 09 Jun. 2019. doi:http://dx.doi.org/10.18623/rvd.v16i34.1490.https://www.netflix.com/title/80216752 (link do episódio)


 
 
 

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