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Síndrome do X frágil


Nos anos de 1940, os geneticistas supunham que um gene no cromossomo X conferia retardo mental, pois as pessoas mais afetadas eram homens. Mas só alguns anos mais tarde surgiram estudos com base genética do retardo mental ligado ao X. O nome dessa síndrome se deu por uma parte do cromossomo ser muito propensa a quebra.

Embora não vejamos essa síndrome midiaticamente destacada, ela é superada apenas pela síndrome de Down como causa genética ou cromossômica de retardo mental. Em todo o mundo ela afeta 1 em 2.000 homens, contribuindo com 4 a 8% de todos os homens com retardo mental. Já uma em cada 4.000 mulheres é afetada. E geralmente estas, apresentam casos mais brandos devido á presença de um segundo cromossomo X normal.

A síndrome do X frágil é herdada de maneira incomum. Como o cromossomo frágil é o X, a síndrome associada deve ser transmitida como qualquer característica ligada ao X, da mãe portadora para o filho afetado. Entretanto, a penetrância é muito baixa. Um quinto dos homens que herdam essa anomalia não apresentam sintomas. Entretanto, como passam o cromossomo afetado para todas as filhas, metade das quais têm algum grau de dano mental, eles são chamados de ‘‘homens transmissores’’. O filho de um homem transmissor pode herdar a condição.

Nos indivíduos que não apresentam a anomalia possuem a área do X frágil com 6 a 50 repetições da sequencia CGG do DNA, com parte do gene chamado gene do retardo mental do X frágil (FMR1). Mas, pessoas que têm o cromossomo frágil e mostram seus efeitos, esta região é muito ampliada para 200 a 2.000 repetições CGG.

O gene FMR1 que codifica a proteína do retardo mental do X frágil (FMRP). Esta proteína, quando normal, liga-se a várias moléculas diferentes de mRNA cujas as proteínas codificadas são cruciais para o funcionamento neuronal e as desabilita.

O fato de uma mutação em FMR1 afetar várias proteínas explica os vários sinais e sintomas da dessa síndrome. O paciente com essa anomalia tem uma face longa e estreita, as orelhas são proeminentes, a mandíbula é longa, e os testículos são muitos grandes. Os danos mentais e os problemas de comportamento variam, e estão relacionados com a dificuldade de lidar com estímulos ambientais. Isto inclui retardo mental, distúrbios de aprendizagem, fala repetitiva, hiperatividade, timidez, ansiedade social, atenção de duração curta, retardos de linguagem e explosões temperamentais.

REFERÊNCIAS:

LEWIS, Ricki. Genética Humana – conceitos e aplicações. 5° ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004

OTTO, P. G, ; OTTO, P.A. ; PESSOA, O. F. Genética humana e clínica. 2° ed. Rio de Janeiro: Roca, 2005


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