top of page

HETEROCROMIA HUMANA: CAUSAS E DISTÚRBIOS ASSOCIADOS

  • Paloma Maria de Souza Araújo
  • 25 de abr. de 2019
  • 3 min de leitura

A heterocromia ou heterocromia ocular é uma anomalia genética que pode ser hereditária, associada ou não a uma síndrome crônica, ou gerada por doenças adquiridas ao longo dos anos. Ela é caracterizada pela alteração da cor dos olhos dos mamíferos, fazendo com que a cor de um olho seja distinta do outro. A doença é mais comum em animais, principalmente cães e gatos, e rara em humanos, atingindo somente uma estimativa de 6 indivíduos a cada 1.000 pessoas.

Existem três pigmentos predominantes na íris que determinará a cor final do olho: o azul, o castanho e o amarelo, ocasionando as combinações mais comuns de cores nos olhos de portadores com heterocromia: azul e castanho, verde e castanho e verde e azul.

A heterocromia pode se manifestar de três formas, sendo em casos mais raros dois ou três tipos podem se misturar em um único indivíduo:

  1. Central a íris possui dois ou mais círculos de cor ao redor externo da pupila e acontece em apenas um dos olhos

  2. Completa, é o tipo mais raro onde os dois olhos apresentam cores completamente diferentes.

  3. Setorial onde a íris apresenta duas cores diferentes é comum que aconteça em apenas um dos olhos.

As cores das íris se desenvolvem durante os primeiros meses após o nascimento da criança e é determinado de acordo com a quantidade de melanina, pigmento responsável pela cor da pele, cabelos e olhos. A heterocromia é resultante do excesso ou falta dessa melanina devido a uma mutação no gene EYCL3 presente no cromossomo 15, apresentando a coloração escura quando há muita melanina e clara quando há pouca, quando a distribuição das cores nos olhos não é uniforme, e há a mistura de dois ou mais tons, ocorre a heterocromia. Quando a heterocromia é congênita, os olhos do portador têm maiores chances de adquirir a coloração azul e castanha. Caso seja adquirida, a coloração verde e castanha é a mais comum.

A heterocromia congênita indica que o paciente nasceu com alguma alteração genética que modificou a tonalidade dos olhos. Na maioria dos casos, sua causa é hereditária e não está associada a outros problemas de saúde. Porém, também pode ser consequência de outras doenças, como:

  • Nevo de Ota;

  • Piebaldismo;

  • Síndrome de Parry-Romberg;

  • Síndrome de Bloch-Sulzberger;

  • Doença de Bourneville;

  • Doença de Hirschsprung;

  • Síndrome de Sturge-Weber.

A heterocromia adquirida, ou seja, onde o distúrbio é ocasionado após o nascimento pode ser advindo de diversas causas, como:

  • Irite;

  • Neuroblastoma;

  • Traumas;

  • Sangramento ocular;

  • Lesão ou cirurgia ocular;

  • Glaucoma e alguns medicamentos utilizados em seu tratamento;

  • Presença de corpo estranho nos olhos.

Geralmente, viver com uma doença genética ou rara pode afetar a vida dos portadores, porém a heterocromia não é uma doença grave, sem evolução clínica e não apresenta sintomas incômodos aos portadores. Porém, deve-se ficar atento se houver mudança repentina na coloração dos olhos, pois pode ser o sinal de algum distúrbio que tenha como sintoma secundário a heterocromia. Ademais, quando é associada com outra doença ocular, os tratamentos costumam ser bem sucedidos, onde é tratada a doença base e não a heterocromia.

REFERÊNCIAS

Glaucoma secundário a iridociclite heterocromica de Fuchs. Disponível em: <https://www.academicoo.com/artigo/glaucoma-secundario-a-iridociclite-heterocromica-de-fuchs>. Acesso em 24 de abril de 2019.

Você conhece esta síndrome? Disponível em:<https://www.academicoo.com/artigo/voce-conhece-esta-sindrome>. Acesso em 24 de abril de 2019.

SCHIMIDT A.; COSSETIN G.; GUTTERES J.; GELATI S.; ROSA J.; Genética do Olho. - Trabalho de Pesquisa; Centro de Educação Básica Francisco de Assis-EFA.


 
 
 

Posts recentes

Ver tudo
DISTÚRBIOS METABÓLICOS

Garrod, EM 1902, definiu uma categoria de distúrbios genéticos aos quais chamou de “Erros inatos do metabolismo” (EIMs). Os EIMs ocorrem...

 
 
 
Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page