Entenda Erros Inatos do Metabolismo
- José Humberto da Cunha
- 18 de abr. de 2019
- 2 min de leitura

Os Erros Inatos do Metabolismo (EIM) são grupos fenotipicamente e genotipicamente heterogênicos causados pela mutação dos genes que codifica enzimas da via metabólica, do qual, compromete a codificação das proteínas, ensimas ou cofatores de transporte e ocorrem alterações na via metabólica (YUNUS et al., 2016;CM et al., 2013). Além disto, os fatores modificadores que impedem a função corretamente destes metabólitos de genes mutados em pessoas com erros inatos do metabolismo são amplos, como por exemplo: epigenética, fatores ambientais, microbiomas e genes adicionais (JEANMONOD, 2019).
O padrão de herança desta doença em sua grande maioria é de caráter autossômico recessivo, como também pode ocorrer por herança ligada ao cromossomo X e raramente em autossômico dominante (AMANCIO et al., 2007).
As consequências destas anormalidades metabólicas ocorrem na síntese e catabolismo de carboidratos, gorduras, proteínas e moléculas complexas. Isto é, a falta ou bloqueio de um metabólito essencial ou o acúmulo de metabólitos intermediários tóxicos e subprodutos causa modificações e doenças clínicas (ROMÃO et al., 2016; YUNUS et al., 2016;CM et al., 2013).
Atualmente, o EIM é identificado em mais de 1.000 tipos de desordens genéticas diferentes (CM et al., 2013). Com uma incidência acumulativa de 1:2.000 nascidos vivos, o que representa cerca de 10% de doenças genéticas (BEAUDET et al., 2010).
A manifestação clínica da doença metabólica hereditária é altamente reconhecida após o nascimento, assim como, nos adultos por um conjunto de sintomas inespecíficos (HAN et al., 2015), caracterizados pelo envolvimento do sistema nervoso e neurometabólicos (NAGARAJA et al., 2010). Os genes PAH, SLC22A5 e MMACHC são as causas das mutações predominantes de EIMs, levando a alta incidência de fenilcetonúria, deficiência primária de carnitina e acidemia metilmalônica, respectivamente (GUO et al., 2018).
Portanto, estas doenças são classificadas de acordo com as alterações metabólicas alegadas na triagem neonatal, tais como: distúrbio na síntese ou catabolismo de moléculas complexas, intoxicação com sintomas agudos e progressivos e defeitos na produção e utilização de energia (ROMÃO et al., 2016).
A triagem neonatal clássica estabelecida para EIMs é através da espectrometria de massa em tandem (MS-MS), têm sido amplamente aplicado na última década. Analisando os três grupos de metabólitos simultaneamente, oferecendo uma alta sensibilidade, baixa taxa de falso positivo nos resultados e alta produtividade (GUO et al., 2018; CÉSPEDES et al.,2017).
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