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O DNA BARCODE


Quando vamos a um supermercado fazer compras nos deparamos com milhares de produtos com seus respectivos códigos de barras. À medida que escolhemos os produtos desejados e os colocamos no balcão para realizar o pagamento, um aparelho à laser faz a leitura do código de barras e, automaticamente, computa todas as informações sobre tal produto. Seria maravilhoso se existisse um código de barras para discriminarmos espécies, visto o quanto é difícil esse trabalho para muitos taxonomistas, por mais experientes e habilidosos que sejam em morfologia, ecologia e comportamento. Por isso, na tentativa de padronizar o marcador utilizado na identificação molecular de espécies animais, pesquisadores da Universidade de Guelph (Ontário, Canadá), propuseram a criação de um sistema de diagnóstico universal, baseado em um fragmento de aproximadamente 650 pb, a partir da base 58 da extremidade 5’ do gene colx. Esse marcador foi denominado DNA barcode, pois sequências desse gene funcionariam como um código de barras. A ideia é a mesma do código de barras universal do mercado varejista, que emprega 10 números alternados em 11 posições para gerar 100 bilhões de identificadores únicos. No caso do DNA barcode, pode haver até quatro possibilidades de nucleotídeos (A, C, T, G), em cada posição, mas com uma cadeia de sítios mais longa que 11 posições. Conservativamente, a combinação de apenas 15 dessas posições de nucleotídeos, por exemplo, criaria 1 bilhão de códigos únicos, um número muito maior que o de espécies conhecidas. Inicialmente, está sendo criado um banco de sequência do DNA barcode para todas as espécies existentes, denominado de BOLD (The DNA Barcode of Life Data System). Preferencialmente utilizando amostras depositadas em museus e outras instituições e previamente identificadas por taxonomistas. O uso de DNA barcode tem apresentado alta taxa de sucesso na identificação rápida de espécies de diversos grupos de artrópodes, aves, peixes e anfíbios. A taxa de evolução molecular do gene coxl permite distinguir espécies próximas e grupos filogeográficos dentro de uma mesma espécie. Segundo Hebert et. al (2003), outros benefícios esperados são a identificação de espécies crípticas, o descobrimento de novas espécies, a identificação de formas juvenis e adultas de uma mesma espécie e a identificação de espécies a partir de fragmentos de materiais biológicos.

REFERÊNCIAS

HEBERT, P. D. N.; CYWINSKA, A.; BALL, S. L.; WAAR, J. R., 2003. Biological identifications throught DNA barcodes. Proc. R, Soc. London B., 270, 313-321.

REFERÊNCIA DE IMAGEM

http://synbio.info/display/synbio/DNA+Barcoding

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